A dificuldade para dormir não é incomum para a maioria dos brasileiros. Segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 72% dos brasileiros sofrem de doenças relacionadas ao sono, como a apneia do sono, distúrbios comportamentais do sono e, principalmente, a insônia. Com uma imensidade de possíveis fatores causais, a insônia é caracterizada pela dificuldade/incapacidade de iniciar o sono ou não conseguir manter o sono a noite toda, pelo menos três vezes na semana, ao longo de três meses. Essa continuidade é importante para o diagnóstico porque, para ser considerado um transtorno do sono, é necessário que a rotina do paciente seja afetada.
Apesar de ser considerada democrática, atingindo qualquer pessoa, dependendo apenas do estresse clínico ou social a que ela esteja submetida, as mulheres tendem a sofrer mais com a insônia do que os homens. “São muitas as causas da insônia, mas a gente pode tentar resumir em duas causas bem importantes. Primeiro, uma causa emocional. É o paciente com ansiedade, com depressão ou o paciente passando por problemas financeiros, de relacionamento, no trabalho [...] E você pode ter o que seria uma insônia não emocional, que é aquela insônia idiopática, sem causa aparente”, comenta Isaac Secundo, médico do sono do Hospital Jayme da Fonte.
Ainda segundo o especialista, existem três tipos: a “insônia inicial” – a famosa dificuldade de pegar no sono –, a “intermediária”, na qual a pessoa consegue dormir mas desperta ao longo da noite e a “insônia tardia”, em que a pessoa acorda mais cedo do que idealizava. Uma forma eficaz de evitar a doença é a prática da chamada “higiene do sono”: ter uma rotina para dormir, praticar meditação e ficar em ambientes mais escuros e aconchegantes antes de dormir. Também ajuda, à noite, evitar ao máximo o uso de telas, a realização de atividades físicas vigorosas, refeições muito pesadas e o consumo de alimentos que podem provocar insônia, como café, chá preto e energéticos.
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