O desmatamento na Amazônia brasileira foi de 1.455 km2 em setembro, um recorde para esse mês do ano, segundo dados oficiais desta sexta-feira (7), a menos de um mês do segundo turno das eleições presidenciais, em que Jair Bolsonaro busca a reeleição.
A área desmatada no mês passado na maior floresta tropical do planeta é 48% maior que a de setembro de 2021, segundo dados do sistema de monitoramento por satélite DETER, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), cuja série começa em 2015.
E supera ligeiramente o recorde anterior do mês de setembro (1.454 km2), registrado em 2019.
"No acumulado do ano, desde janeiro, a área de alertas de desmatamento até setembro já é 4,5% maior do que a verificada até dezembro de 2021, e pode igualar ou superar nos três meses que restam o recorde histórico de 2019 (9.178 km2)", afirmou em nota a ONG Observatório do Clima, que defende a saída de Bolsonaro do poder.
"Qualquer pessoa que se importe com o futuro da floresta, as vidas dos povos indígenas e a possibilidade de termos um planeta habitável deveria votar para eliminar Bolsonaro da Presidência no próximo dia 30", disse o secretário-executivo do Observatório, Marcio Astrini, em nota.
Durante o governo de Bolsonaro, o desmatamento médio anual na Amazônia brasileira – causado principalmente pelo corte de árvores para dar lugar a gado e terras agrícolas, segundo especialistas – aumentou 75% em relação à década anterior.
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