O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou nesta segunda-feira que a Força Nacional continuará mobilizada em Brasília para fazer a segurança da abertura do ano do Judiciário e do Legislativo, que ocorrerá em 1 de fevereiro. Cerca de 800 homens da corporação continuarão de prontidão, mesmo após o fim da intervenção federal no governo do Distrito Federal, que vai até 31 de janeiro.
As cerimônias que marcam o início dos trabalhos do Judiciário e Legislativo ocorrerão, respectivamente, nos prédios Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional, que foram invadidos e depredados por manifestantes golpistas no dia 8 de janeiro.
A prorrogação do uso da Força Nacional foi formalizado em decreto publicado hoje no Diário Oficial da União e vale até o dia 4 de fevereiro. Na prática, serão 865 agentes da corporação à disposição do governo do Distrito Federal, segundo apurou O Globo. No dia dos atos golpistas, havia apenas 140 homens na capital federal.
Apesar da mobilização do Ministério da Justiça, Dino anunciou hoje que a intervenção federal sobre o governo do Distrito Federal acabará em 31 de janeiro - portanto, as forças de segurança estaduais devem estar sob responsabilidade da governadora em exercício, Celina Leão (PP), em 1 de fevereiro.
Dino teve uma reunião nesta segunda-feira com Celina que assumiu o cargo do governador afastado Ibaneis Rocha (MDB). Segundo o ministro, o encontro marcou "o início de uma espécie de transição".
Por enquanto, a segurança pública do DF está a encargo do interventor federal Ricardo Capelli, que é o secretário-executivo e número dois de Dino no Ministério da Justiça.
— A partir daí (31 de janeiro) cessará a nossa missão à frente da segurança pública do DF. Nós consideramos que neste momento já há uma situação segura para que o DF assuma o seu papel e os seus deveres — afirmou Dino, acrescentando que não foi detectado nenhuma nova ameaça contra as sedes dos Três Poderes da República.
— Não há nenhuma indicação da repetição desses atos, a não ser cards na internet. O terrorismo também é psicológico. (...) Oito de janeiro deve continuar repercutindo na esfera política e judicial, mas no que se refere à intervenção federal (...), nós já começamos uma espécie de transição — completou o ministro da Justiça
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