A deputada estadual Delegada Gleide ngelo (PSB) endureceu as cobranças ao Governo de Pernambuco devido à falta ou ineficácia de políticas públicas voltadas à proteção de mulheres vítimas de violência doméstica. Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa (Alepe), a socialista apresentou dados que apontam que, durante o primeiro trimestre da gestão Raquel Lyra (PSDB), o Executivo teria nomeado apenas metade do quantitativo previsto para as Coordenadorias Estaduais da Mulher.
De acordo com a parlamentar, na última semana, no município de Carpina, na Mata Norte, uma jovem de 22 anos, vítima de tentativa de feminicídio e ameaças por parte do ex-companheiro, não teria encontrado apoio do poder público para se abrigar em um local seguro. “Fomos até Carpina para fazer o papel que é de responsabilidade do Estado. Agimos no papel de coordenadora da Mulher”, ponderou a deputada.
A Secretaria da Mulher de Pernambuco informou à reportagem do Diario que, atualmente, existem 12 coordenadoras em exercício em cada região do estado. Além disso, a pasta reforçou que há uma rede de enfrentamento, composta por agentes de polícia, representantes do governo estadual e de centros especializados no atendimento às mulheres, que dão suporte às coordenadoras.
“É preciso que o Estado faça a parte dele, para que os municípios tenham a quem recorrer em uma situação de emergência. Afinal, uma medida protetiva é um pedaço de papel, não segura nem bala, nem facada. É apenas a porta de entrada para a segurança da mulher. Mas, como vou dizer para a mulher denunciar se não há quem faça o encaminhamento?”, questionou Gleide ngelo.
Juntos Por Pernambuco
Ainda durante a reunião plenária, a deputada estadual perguntou sobre o início das atividades do programa de segurança pública “Juntos Por Pernambuco”, cujo lançamento havia sido anunciado pelo governo à Alepe com data prevista para o fim do último mês de abril. “Já estamos na segunda semana de maio e não há uma linha sobre o assunto. Espero que finalmente seja lançado o programa e que, dentro dele, haja os anúncios para o recompletamento das operativas da segurança pública”, comentou.
Em relação ao programa citado, a Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que ainda não foi implementado e que não há previsão para o início das atividades.
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