Um protesto contra ações de bolsonaristas golpistas reuniu integrantes de movimentos sociais, artistas e partidos políticos, nesta segunda (9), no Recife. Eles protestaram contra ações que ocorreram no domingo (8), quando o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, em Brasília, foram invadidos e depredados por terroristas (Veja vídeo acima)
Pouco antes das18h, o grupo seguiu pela Avenida Conde da Boa Vista, encerrando no monumento Tortura Nunca Mais, na Rua da Aurora, no Centro.
Veja o que os manifestantes pedem:
Prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, que também é ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro;
Prisão dos comandantes das forças policiais do DF;
Prisão de todos os agentes públicos que colaboraram direta e indiretamente para as ações golpistas do dia 8 de janeiro;
Prisão, punição e expropriação de todos os organizadores, articuladores e financiadores das ações golpistas da ultradireita, incluindo Bolsonaro e sua família.
Na concentração da manifestação, a integrante do Movimento Brasil Popular Elisa Maria Lucena afirmou que é preciso fazer um debate franco com a sociedade sobre os rumos do país.
“A gente sabia que a vitória de Lula (PT) era importante, mas o fascismo se criou e se enraizou no nosso país. É inadmissível que a gente subestime o poder dessa minoria bolsonarista, golpista, terrorista, fascista de propagar ainda mais essas ideologias que são, na verdade, antidemocráticas e antinacionais", destacou.
A manifestante também ressaltou que é preciso dizer que o voto dos eleitores que elegeram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 30 de outubro de 2022 importa.
"É o voto da classe trabalhadora, né? Aquela mulher catadora de lixo, aquele jovem preto. Eles [bolsonaristas terroristas] estão afrontando mais uma vez os nossos direitos e dizendo que o nosso voto vale menos. A gente está aqui na rua para mostrar que a gente tem consciência de que foi uma vitória política importante. A gente quer um governo que nos represente também; [a gente] quer dialogar com o conjunto da sociedade sobre um projeto de país, sobre um projeto popular de país e esse ato que acontece em todo o país demarca que estamos com muita disposição para essa luta”, considerou.
Segundo Hélio Cabral, coordenador Central Sindical e Popular Conlutas (CSP Conlutas), a defesa da democracia supera qualquer questão partidária e une todos os segmentos da sociedade.
“O que houve ontem é algo estarrecedor. O mundo inteiro discorda disso. Estamos aqui para defender a democracia. A democracia dos pobres, dos trabalhadores. Em defesa dos direitos sociais, do direito de ir e vir das mulheres, dos trabalhadores. Eu tenho 63 anos e já passei por isso. Perdi parente na ditadura. Ditadura nesse país nunca mais", afirmou.
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