Com o início das prévias dos principais blocos e a proximidade do carnaval 2023, empresas de Pernambuco começaram a contratar funcionários temporários para dar conta da demanda por produtos e serviços, após dois anos sem as festas de Momo por causa da pandemia da Covid-19 (veja vídeo acima).
Neste ano, a estimativa da Associação Brasileira de Produtores de Eventos (Abrape) é que o movimento financeiro gerado pelo carnaval no estado ultrapasse R$ 3 bilhões. Isso equivale a um aumento de, pelo menos, 17% em comparação com o último carnaval, em 2020.
"Vai ser o primeiro carnaval que a gente volta a ter a pleno pós-pandemia. Algumas empresas chegam a triplicar o quadro de funcionários durante esse período para atender às demandas. A contratação de empregos temporários é bem ampla", disse Waldner Bernardo, diretor da Abrape.
Uma fábrica que tinha 60 funcionários dobrou o tamanho da mão de obra para atender à demanda dos festejos e está produzindo 10 mil abadás por dia. As peças serão usadas em blocos de Pernambuco e de outros estados.
O empresário Felipe Medeiros contou que, além de dar a oportunidade para o primeiro emprego, a fábrica costuma renovar o quadro de pessoal nesse período de carnaval. "Eles acabam ficando, continuando com a gente e sendo efetivados", declarou.
A costureira Cleide Gonçalves afirmou estar muito feliz por estar trabalhando e ainda poder curtir a volta dos festejos. Também costureira, Carolaine Deolinda adiantou que está trabalhando muito agora para poder aproveitar o carnaval depois.
"Em questão de festa, a gente foi o primeiro a parar por conta da pandemia, e o último a voltar. Então, a gente está com tudo para poder fazer o carnaval e ficar feliz. Porque é mais serviço, mais trabalho e gera mais emprego", afirmou a gerente de vendas Paula Roberta.
A Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) prevê que, nos três primeiros meses deste ano, as contratações aumentem 8% em comparação ao mesmo período de 2022. A alta é puxada principalmente pela indústria (65%), mas também pelo setor de serviços (25%) e pelo comércio (10%).
Por causa do carnaval, uma empresa que produz ingressos para eventos triplicou a mão de obra e chegou a 60 funcionários. Cléber Dias estava desempregado e entrou em uma dessas vagas temporárias.
Depois, ele recebeu a notícia de que será efetivado como chefe de produção. "Foram dois anos parado por causa da pandemia. Então, estou voltando com tudo", disse Cléber.
O auxiliar de produção Jakson José quer seguir o mesmo caminho. "É o meu primeiro emprego. Oportunidade de dar o meu máximo para tentar entrar no mercado e ser efetivado", contou.
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